Este espaço é onde divulgo meu trabalho, certo? Porém, eu também sou jornalista e, além disso, tenho uma filha de dois anos. Juntando a experiência de ser mãe e a facilidade da escrita, quando me sobra tempo e a criatividade aflora, eu resolvo escrever algumas coisas. Porém, escrevo no Facebook e, com o tempo, o texto acaba perdendo-se. Então, resolvi, que, quando tiver uma diéia legal e um assunto interessante, deixarei gravado aqui, neste meu cantinho, que agora não será apenas para divulgação dos meus mimos, mas também de exteriorização dos meus pensamentos de mulher, mãe, jornalista e cidadã!
E, para brindar esta idéia, deixo aqui minha experiência como mãe de uma menina que está no auge dos "terrible two"...
TERRIBLE TWO, QUE DOIDERA!
Quem tem criança na fase dos dois anos vai entender:
Outro dia a Malu começou: "Estou com fome, quero papá!". Beleza, lá fui
eu fazer a comida pra ela. Tinha tudo o que ela gosta (o que não
significa muIto, pois agora ela não gosta de quase nada): arroz, caldo de
feijão - pois meu feijão ela não come, sabe-se lá porquê -, ovo cozido e
azeitona. Que banquete! É o que ela come e, em tempos de criança
chata para comida, é melhor desencanar e fazer cara de feliz quando ela
resolve abocanhar tudo!
Pois
bem, cheguei com o prato preferido da beleza e ela, do nada, começou a
gritar, espernear e dizer que não queria comida. Pô, pera lá, como assim
não quer comida? Foi você que disse que estava com fome, criatura! É,
mas assim, como quem sofre de bipolaridade, a Maluzinha decidiu que não
queria mais nada e pior, partiu para a revolta. Jogou-se no chão,
gritou, esperneou, me bateu (façam cara de paisagem neste momento, pois
nunca achei que, quando mãe, deixaria minha filha me bater e
pasmem, não fazer absolutamente nada violento em troca). É, ela me
bateu, galera, esse é o auge dos "Terrible Two". Digitem aí no Google
para saber exatamente do que se trata e vocês entenderão pelo que ando
passando desde que a minha princesinha resolveu transformar-se num
Gremlin molhado, rs!
Bom, apanhei da
criança. Levantei, ou melhor, abaixei-me na altura dela e disse com toda
a autoridade de uma mãe ferida: "Filha, você vai para o quarto pensar
no que acabou de fazer". Voz calma, baixa e segura. Pronto, coloquei
Malu no quarto e sai. Foram dois minutos de gritos e urros, e mãos que
batiam contra a parede e lágrimas, muitas lágrimas. Não me abati. (Difícil!)
Quando voltei ao quarto, como num passe de mágica, Malu estava
sorrindo. Sem lágrimas, nada de gritos, somente um sorriso, daqueles que
só ela sabe dar. Me pediu desculpa, me deu um abraço gostoso e disse:
"mamãe, quero comer". Voltamos para a sala e ela, prestem bem atenção,
comeu tudooooooo!
É, não é fácil, não é nada fácil, é difícil
pra caceta! Mas tive a certeza de que esse é mesmo o caminho. Não digo
que sou perfeita, que, de vez em quando, não dê uns berros no calor do
momento. Mas, bater, isso não, e vou continuar assim. Acho que, ver que
minha filha, mesmo com dois anos, percebeu que estava fazendo algo
errado, é muito melhor do que corrigir com violência, marcando seu corpo
e sua alma com o medo.
E juro, foi assim mesmo, como magia, rs. Esses terrible two deixam a gente de cabelos em pé...
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