sexta-feira, 21 de setembro de 2012

TERRIBLE TWO, QUE DOIDERA!

Este espaço é onde divulgo meu trabalho, certo? Porém, eu também sou jornalista e, além disso, tenho uma filha de dois anos. Juntando a experiência de ser mãe e a facilidade da escrita, quando me sobra tempo e a criatividade aflora, eu resolvo escrever algumas coisas. Porém, escrevo no Facebook e, com o tempo, o texto acaba perdendo-se. Então, resolvi, que, quando tiver uma diéia legal e um assunto interessante, deixarei gravado aqui, neste meu cantinho, que agora não será apenas para divulgação dos meus mimos, mas também de exteriorização dos meus pensamentos de mulher, mãe, jornalista e cidadã!
E, para brindar esta idéia, deixo aqui minha experiência como mãe de uma menina que está no auge dos "terrible two"...


TERRIBLE TWO, QUE DOIDERA!

 

Quem tem criança na fase dos dois anos vai entender:

Outro dia a Malu começou: "Estou com fome, quero papá!". Beleza, lá fui eu fazer a comida pra ela. Tinha tudo o que ela gosta (o que não significa muIto, pois agora ela não gosta de quase nada): arroz, caldo de feijão - pois meu feijão ela não come, sabe-se lá porquê -, ovo cozido e azeitona. Que banquete! É o que ela come e, em tempos de criança chata para comida, é melhor desencanar e fazer cara de feliz quando ela resolve abocanhar tudo!

Pois bem, cheguei com o prato preferido da beleza e ela, do nada, começou a gritar, espernear e dizer que não queria comida. Pô, pera lá, como assim não quer comida? Foi você que disse que estava com fome, criatura! É, mas assim, como quem sofre de bipolaridade, a Maluzinha decidiu que não queria mais nada e pior, partiu para a revolta. Jogou-se no chão, gritou, esperneou, me bateu (façam cara de paisagem neste momento, pois nunca achei que, quando mãe, deixaria minha filha me bater e pasmem, não fazer absolutamente nada violento em troca). É, ela me bateu, galera, esse é o auge dos "Terrible Two". Digitem aí no Google para saber exatamente do que se trata e vocês entenderão pelo que ando passando desde que a minha princesinha resolveu transformar-se num Gremlin molhado, rs!


Bom, apanhei da criança. Levantei, ou melhor, abaixei-me na altura dela e disse com toda a autoridade de uma mãe ferida: "Filha, você vai para o quarto pensar no que acabou de fazer". Voz calma, baixa e segura. Pronto, coloquei Malu no quarto e sai. Foram dois minutos de gritos e urros, e mãos que batiam contra a parede e lágrimas, muitas lágrimas. Não me abati. (Difícil!)


Quando voltei ao quarto, como num passe de mágica, Malu estava sorrindo. Sem lágrimas, nada de gritos, somente um sorriso, daqueles que só ela sabe dar. Me pediu desculpa, me deu um abraço gostoso e disse: "mamãe, quero comer". Voltamos para a sala e ela, prestem bem atenção, comeu tudooooooo!


É, não é fácil, não é nada fácil, é difícil pra caceta! Mas tive a certeza de que esse é mesmo o caminho. Não digo que sou perfeita, que, de vez em quando, não dê uns berros no calor do momento. Mas, bater, isso não, e vou continuar assim. Acho que, ver que minha filha, mesmo com dois anos, percebeu que estava fazendo algo errado, é muito melhor do que corrigir com violência, marcando seu corpo e sua alma com o medo.


E juro, foi assim mesmo, como magia, rs. Esses terrible two deixam a gente de cabelos em pé...

Nenhum comentário:

Postar um comentário